abril 15, 2006

Lar Doce Lar

Faz dois anos e cinco meses que deixei a casa dos meus pais e vim morar em São Paulo. E tô lembrando disso porque agora tô indo pra uma outra fase. Não vou morar sozinha porque ainda não dá e também porque não quero, mas é quase isso. Agora é totalmente diferente. E tudo isso me faz lembrar também de várias coisas simples do dia-a-dia que desprezamos quando moramos com os pais, como ter roupa limpa e passada na gaveta e comida (não vencida) na geladeira. E na primeira semana fora de casa você descobre que as coisas nunca estarão assim ao menos que VOCÊ as deixe assim (por incrível que pareça ninguém tem a real noção disso antes de passar por isso). Alguém aí já teve a luz cortada porque esqueceu de pagar? Eu já. O porteiro já te interfonou às 5 da manhã porque alguma de suas roommates chegou bêbada, esqueceu o fogo ligado e tava quase incendiando o apartamento? Comigo isso já aconteceu. E muitas outras coisas assim já me fizeram querer desistir e voltar pra minha casa, porque é um saco ter que se preocupar com tudo. E isso com 21/22 anos, quando a maioria dos seus amigos ainda nem sonham em passar por isso...
Um dia desses, uma amiga de 29 anos que vai casar mês que vem veio dizer que tá com medo de sair da casa dos pais. Fiquei chocada. Ela tá beirando os 30 anos e já tá mais do que na hora de se virar, né! E, ao contrário de mim, ela não vai ter que passar por isso sozinha, e sim com o cara que ela escolheu. Falta de grana ela também não vai ter (e isso eu também já tive e sei bem como é). Então qual é o grande problema, me diz??? Ter medo do novo é normal, eu sei, mas nessas circunstâncias acho estranho, coisa de gente mimada que sempre teve tudo na mão. Pessoas assim me fazem esquecer o lado ruim e ver como a experiência que eu tive me fez e me faz bem, porque chegar aos 30 com medo de encarar as responsabilidades que a independência trás deve ser deprimente.

2 comentários:

Silvia Regina Angerami Rodrigues disse...

Carol, muito legal isso de conquistar a sua independência!! Por mais complicado que pareça "durante", o "depois" é sempre gratificante!! Eu tb nunca tive medo, não.

disse...

independencia eh a palavra que nos une, vc n acha? pq embora nossos gostos pra tudo sejam diferentes, a gente ainda assim se da bem! Acho q "maturidadisticamente" falando, somos bem parecidas! so falta vc resolver vir morar sozinha aqui nos eua haha
saudades