junho 24, 2006

Caché X L'enfant


e falando em cinema, queria comentar os dois últimos filmes que eu vi na telona. Quer dizer, pra falar a verdade o último mesmo foi a comedinha romântica Sorte no Amor, mas esse só valeu o ingresso por causa do bonitão do Chris Pine. Enfim, voltando aos filmes de conteúdo, não sei porque eu ainda insisto em achar que o fato de um filme ter recebido um prêmio em Cannes ou qualquer outro festival quer dizer que ele seja bom. É o caso de A Criança, Palma de Ouro desse ano. O tema promete: um pai que vende o filho sem avisar a mãe da criança. Mas decepciona. A cara de pau do Bruno (o pai) é tão grande que suas falas, de tão grotescas, beiram o surreal e o que era pra ser drama chega a ser cômico. Exemplo: "Bruno, cadê o nosso filho?", diz a mãe. Resposta: "Ah, eu vendi". Pelo menos umas três vezes a platéia toda caiu na risada durante o filme. Fora as cenas repetitivas. Quem está acostumado com filme europeu sabe que as cenas são longas, até cansativas. Mas nesse caso eram as mesmas cenas, desnecessariamente repetidas. Os diretores queriam enfatizar que o casal era imaturo e infantil mostrando a dupla brincando de pega-pega, rolando na grama ou jogando coisas um no outro. Até aí, tudo bem, mas seis, sete cenas desse tipo é um pouco demais, né? Com umas duas já dava para o público ter entendido o recado. E o final também deixou muito a desejar, viu. Mas pra quem quiser ler uma crítica contrária, ta aqui.
Caché concorria com A Criança pela Palma de Ouro e perdeu, o que na minha opinião foi no mínimo injusto. Esse é um daqueles suspenses que te deixa tenso e com medo sem ter sequer uma cena-clichê de susto a la filmes hollywodianos. Pelo contrário, as cenas são longas e lentas, mas em momento nenhum você quer tirar o olho do filme. Sem contar a crítica social sutil que faz aos preconceitos dos franceses. Ponto negativo apenas pra uma cena de suicídio, que achei de muito mal gosto. Mesmo assim, vale a pena.

junho 16, 2006

Cinema


Quando eu era criança lutava pra conseguir ficar acordada até de madrugada pra ver os filmes que meus pais alugavam. Uma pilha de fitas VHS, todo fim de semana. Com eles peguei o gosto por cinema e vi todos os clássicos dos anos 80 e 90. Ah, e não tinha censura. Eu fui criada assim, podia ir durmir a hora que quisesse e assistir o que quisesse. Desde Taxi Driver até Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, passando por A Rosa Púrpura do Cairo, Veludo Azul e mil outros filmes que marcaram minha vida e até hoje estão na lista dos meus favoritos. E tudo isso antes de completar 10 anos de idade. Por culpa deles, hoje não consigo passar nem uma semana sem ir no cinema e quando vou na Blockbuster não saio com menos de 5 DVDs debaixo do braço. Aliás, tô indo porque Marcas da Violência, Crash, A Menina Santa e Vinícius me aguardam na sala ao lado.

junho 01, 2006

Por Fora

- porque eu não assisto Lost;
- porque eu não li O Código da Vinci;
- porque eu não assisti O Código da Vinci;
- porque eu não sei a escalação da seleção brasileira;
- porque eu não tenho palpite pra dar nos bolões;
- porque eu não sei que a Bia Falcão voltou em Belíssima;
- porque eu não assisto Ídolos.

Porque as conversas simplesmente se resumem a isso.