abril 21, 2006

Eu quero distância

Algumas reaproximações, por menores que possam parecer, não fazem bem e devem ser evitadas ao máximo. Sei disso porque o indivíduo em questão, para a minha total surpresa, fez o favor de bater na minha porta algumas semanas atrás, às 10h30 da noite, depois de praticamente dois anos sem NENHUM contato. Acontece que dois anos não são dois dias, nem duas semanas e nem dois meses. São 730 dias sem saber nem se o outro estava vivo ou morto. E quer saber? Era melhor assim. E não gostei do que ele fez. Se queria notícias minhas, podia muito bem ter mandado um email ou telefonado (o que eu já teria achado estranho, porém até aceitável). Mas aparecer na casa alheia do nada e me encontrar de pijama, não. E o pior é que fiquei tão passada quando o porteiro disse que o fulano tava subindo que depois não consegui nem perguntar o porquê da reaparição bizarra. E pergunta se ele se deu ao trabalho de me dar uma explicação plausível? Não! Fingimos ser bons amigos. E que fique bem claro: não aconteceu nada entre a gente.
O negócio é o seguinte: duas pessoas que já se gostaram muito mas decidiram não ficar juntas não devem se encontrar em hipótese alguma e ponto final. Podem achar que é radicalismo, mas é assim mesmo que eu penso. Já tive a fase "eu sou amiga dos meus ex" e vi que isso é utópico e, mais cedo ou mais tarde, alguém sai machucado dessa história. Pode acreditar.

abril 17, 2006

Fechamento serve pra isso


Marina, Paulino, Márcio e eu com carinha de South Park.
By João Miguel.

abril 15, 2006

Lar Doce Lar

Faz dois anos e cinco meses que deixei a casa dos meus pais e vim morar em São Paulo. E tô lembrando disso porque agora tô indo pra uma outra fase. Não vou morar sozinha porque ainda não dá e também porque não quero, mas é quase isso. Agora é totalmente diferente. E tudo isso me faz lembrar também de várias coisas simples do dia-a-dia que desprezamos quando moramos com os pais, como ter roupa limpa e passada na gaveta e comida (não vencida) na geladeira. E na primeira semana fora de casa você descobre que as coisas nunca estarão assim ao menos que VOCÊ as deixe assim (por incrível que pareça ninguém tem a real noção disso antes de passar por isso). Alguém aí já teve a luz cortada porque esqueceu de pagar? Eu já. O porteiro já te interfonou às 5 da manhã porque alguma de suas roommates chegou bêbada, esqueceu o fogo ligado e tava quase incendiando o apartamento? Comigo isso já aconteceu. E muitas outras coisas assim já me fizeram querer desistir e voltar pra minha casa, porque é um saco ter que se preocupar com tudo. E isso com 21/22 anos, quando a maioria dos seus amigos ainda nem sonham em passar por isso...
Um dia desses, uma amiga de 29 anos que vai casar mês que vem veio dizer que tá com medo de sair da casa dos pais. Fiquei chocada. Ela tá beirando os 30 anos e já tá mais do que na hora de se virar, né! E, ao contrário de mim, ela não vai ter que passar por isso sozinha, e sim com o cara que ela escolheu. Falta de grana ela também não vai ter (e isso eu também já tive e sei bem como é). Então qual é o grande problema, me diz??? Ter medo do novo é normal, eu sei, mas nessas circunstâncias acho estranho, coisa de gente mimada que sempre teve tudo na mão. Pessoas assim me fazem esquecer o lado ruim e ver como a experiência que eu tive me fez e me faz bem, porque chegar aos 30 com medo de encarar as responsabilidades que a independência trás deve ser deprimente.

Um pouco de astrologia não faz mal a ninguém

"...as pessoas de Capricórnio não são grandes jogadoras na esfera das paixões. Virar um bobo apaixonado não lhe parece algo divertido. Capricornianos dão mais valor ao respeito profundo, ao dever, à lealdade e ao poder dos laços de família que a poucos meses de paixão enfurecida. O controle é sempre importante para a cabra - deixar a proteção de sua armadura exige muito esforço. Eles a vestem por tanto tempo que ela fica toda enferrujada nas dobradiças. Mas associação de dois capricórnios não significa apenas seriedade e sacrifício. Eles podem saborear a vida mais do que os outros imaginam..."

Capricórnio X Capricórnio
Medo!

abril 02, 2006

Caipira, eu?


A da esquerda eu conheço só há um mês, mas já gosto. Somos chamadas de caipiras e zuadas diariamente por causa do nosso sotaque interiorano no trabalho, mas resistimos bravamente. A da direita, coitada, me dá carona quase todo santo dia. Ex colega de trabalho, vizinha e amiga. E puxa mais o R do que eu e a outra juntas! A foto comprova que esse povo do interiorrrr perdido aqui em São Paulo se entende. Odiamos quando falam mal de nossas cidades, mas não queremos voltar pra lá nem por um decreto-lei. Ficar mais de 15 dias sem visitar nossas terrinhas provincianas? Nem pensar! Sempre que pegamos a 23 de Maio toda parada amaldiçoamos o dia que decidimos morar nessa selva de pedra, mas quando estamos no interior e não tem um mísero filme interessante pra ver no cinema (porque lá só passa Harry Potter, Guerra dos Mundos e coisas do gênero) a gente fica feliz por não morar mais ali. Dá pra entender? Não, só quem também é do interior entende...