julho 15, 2009

Os homens e o excesso de critério

ele: Eu queria participar do "No Limite"...
eu: Você é preguiçoso, lembra? Preguiça não combina com "No Limite".
ele: Ah, pra o que eu quero fazer eu não sou preguiçoso...
eu: Ok, então você nunca quer fazer nada.
ele: Não, eu apenas sou altamente criterioso com o que deve ou não ser feito...

julho 14, 2009

"Horas de Verão": Fujam!

Queria comentar um outro filme que eu vi (é, esse blog anda meio monotemático): Horas de Verão. É francês (normalmente eu gosto), com Juliette Binoche (ela costuma escolher bem os roteiros) e teve ótimas críticas (ok, nisso não dá pra confiar). Fui ver. E o que aconteceu foi que desde de Dogville não se via tanta gente sair do cinema antes do filme terminar. E o pior é que nesse caso não dá pra culpar as pessoas. Pra começar, figurino: Medo. Não bastasse a Binoche ter conseguido ficar feia pintando o cabelo de loiro (ou usando uma peruca, não é de se duvidar) esta jovem senhora de 45 anos faz papel de filha rebelde que usa óculos escuros laranja combinante com a blusa de moletom. Não é difícil imaginar que o resultado é desastroso. Fora a total falta de dramaticidade nas cenas, diálogos totalmente previsíveis e final óbvio. Essa semana vou tentar ver Paris, também com a Binoche, pra tentar tirar a má impressão que ela deixou nesse filme...

março 31, 2009

O Leitor


Acho que é em O Leitor que a Kate Winslet teve seu papel mais desprovido de qualquer vaidade, e ironicamente também no qual ela mais se mostra, no amplo sentido da expressão. A protagonista Hanna, solitária, politicamente incorreta, ignorante e desleixada com a aparência é uma verdadeira anti-Rose, que pra quem não se lembra era a mocinha sem sal de Titanic que revelou a atriz. Quarentona, Hanna se envolve com um adolescente de quinze anos, Michael (Ralph Finnes), fato que rende longas cenas dentro da banheira de seu apartamento precário, mas não imagina que a relação vai marcar os dois para o resto de suas vidas. A sinopse parece clichê, estilo chamada da Tela Quente? Pode acreditar que não é. E explico por quê: é o tipo de filme que levanta a velha questão sobre o certo e o errado, o ético e o anti-ético, mas sem ser moralista, e no qual a vilã é tão humana que você esquece do que ela fez de ruim e começa a torcer desesperadamente por ela. Resumindo, Kate Winslet no seu melhor papel.

junho 22, 2008

Moda também é cultura


Vi o desfile da Maria Garcia no SPFW e saí apaixonada pelo vestidinho que você vê na foto. Pra quem não conhece a marca, é a mesma grife que se inspirou em ninguém menos que Margot Tenenbaum, a escritora depressiva-cool de Os Excêntricos Tenembauns, na última coleção de inverno. Só por essa referência, já merece meu respeito, mas voltemos ao desfile de hoje. No geral a coleção, baseada em uma música do Lou Reed (Coney Island Baby), nem me agradou muito. Em praticamente metade do desfile, só roupas em tons bebê. Quando eu já achava que ía sair de lá sem gostar de nada, as peças mais coloridas apareceram, e depois tecidos brilhosos (aqueles que parecem saco de lixo, sabe?). Depois que cheguei em casa e li uma matéria, entendi melhor as mudanças de tons. Acontece que, além da música do Lou Reed, as peças eram inspiradas também na história de Coney Island, aquela ilha de Nova York famosa pelo parque de diversões com uma roda gigante imensa. Por isso, assim como a história da ilha, as peças caminharam por três momentos: O Paraíso, A Praia e O Declínio. O paraíso aconteceu na década de vinte e, no começo do século vinte, quando ligaram o Broklin a Manhatan pela Brooklin Bridge, parece que o lugar virou ponto de 'farofada' da americanada pobre que ía passar o dia lá, daí o declínio registrado no desfile. Ah, também tinha uma grade em volta da passarela, que deve simbolizar as grades do parque ou coisa assim...


junho 18, 2008

Amnésia

Ralmente, o Alzeimer está cada dia mais próximo! No fim de semana, consegui ir viajar SEM A MINHA MOCHILA, que ficou onde? Abandonada na garagem do prédio. Mais uma na minha lista de pérolas do esquecimento:

- passaporte dentro do avião depois de desembarcar (em pleno EUA. Com direito a interceptarem a decolagem e tudo. Essa é campeã)
- chave na fechadura do portão ou da porta (rotina já)
- iPod no bolso da blusa antes de botar pra lavar (morreu, claro)
- cabo do iPod novo (que perdi no dia que eu comprei)
- cartão de memória da máquina fotográfica (que perdi no dia que eu comprei)
- vaga que deixei o carro (sempre vou pro lugar errado)
- E objetos mil que somem e reaparecem na minha casa o tempo todo (como se ela fosse grande o suficiente pra abrigar esse tipo de fenômeno)

Só não ganho ainda da Thati, que gasta fortunas em presentes na viagem e deixa tudo por lá, além de perder um celular por semana, e da Marília, que esquece que foi de carro e volta de ônibus. Mas nesse ritmo eu chego lá.

junho 15, 2008

Carrie Bradshaw & Cia


A maldita TI deve estar mesmo me tranformando numa maquininha burra de fazer cases e matérias insossas desprovidas de qualquer criatividade, já que faz séculos que eu não tenho inspiração e muito menos tempo pra escrever aqui. Mas o assunto do post não é esse, não hoje. Eu quero falar de Sex and The City. Porque eu fui bem criticada por gostar de série e ter ido ver o filme, sabe? Só que gostar da série e achar ela realista e passível de ser copiada na vida real, ah, são coisas muuuuuuuuito diferentes. Porque quando você diz que acha o seriado engraçadinho e que até foi ver o filme pra confirmar se a chatenga da Carrie Bradshaw ía mesmo casar com o não menos irritante Mr. Big, as pessoas já começam a achar que você é mais uma daquelas pré-adolescentes que tem as personagens da série como ídolas e exemplo de filosofia de vida. Nananinanão. Eu acho a série divertida, ponto. Porque a minha vida vai um pouquinho além de comprar sapatos que custam 1000 dólares o par e achar que nenhum cara é bom o suficiente pra mim (sim, foi isso que a egocêntrica da Carrie fez nas cinco temporadas, ela só queria os caras de quem ela levava pé na bunda). E só não ficou sozinha porque o Big, que enrolou ela dez anos a fio, acabou ficando velho e foi vencido pelo cansaço; e como todo homem, quis ir atrás dela quando viu que ela estava com outro. E a sem-sal-metida-a-certinha da Charlotte, então, que supostamente seria a perfeitinha das quatro amigas? Só fez procurar marido durante os 5 anos da série, sempre devidamente ricos e bonitões, claro, senão não serve (só não vale admitir, pra não estragar a imagem de santinha adorável). E quando finalmente achou o Harry, tinha vergonha de assumir o namoro por ele ser feio. Felizmente essa ainda caiu na real um pouco antes dos quarenta. E pior que isso apenas reflete os 'valores' das meninas de hoje: tudo que importa é imagem e dinheiro. Só lamento que um seriado desses possa servir de exemplo de vida...

março 19, 2008

Dra. Marília

A Marília foi decretada por mim como a minha guru para assuntos amorosos. Isso mesmo que você leu, Marília Picerni. Porque eu gosto que me joguem umas verdades na cara (é, sou meio masoquista) e só Marília me proporciona esse tipo de informação . E também informações adicionais do tipo “até que você é legal, só não é simpática por causa da sua cara de mau humor”, “você intimida as pessoas” e por aí vai. Tudo bem que o passado amoroso dela não é exemplo pra ninguém, mas mesmo assim ela ainda é o maior case de sucesso de relacionamento bem sucedido do momento (e talvez o único). Agora veja aí se ela não tem que largar o TV Guide, escrever um livro de auto-ajuda tipo ‘Mulheres são de Marte Homens são de Vênus’ e ficar milionária:

“Eu acredito que um relacionamento pode ser salvo de muitos problemas: traição, ciúme, insegurança, birras, amigos no meio...desde que ambos estejam na mesma página. Se um tiver no começo do livro e o outro lá no final, fica difícil acompanhar a historia”.

Ou

"Quem dita o limite, infelizmente não é o cérebro...em nós mulheres é o maldito coração de mãe. Então nem tente lutar contra".

Isso sem contar as considerações sobre a diferença entre namoro e relacionamento (novidade pra mim, porque na minha cabeça namoro = relacionamento), explicações sobre o que eu quero e como (ahan) e previsões (medo!) do que vai acontecer na minha vida amorosa (sim, ela sabe. E não me pergunte como).



*Se eu escrevesse um post desse uns 3 anos atrás, iam me achar louca. E com razão.